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sábado, 31 de março de 2012

TEXTOS FREI MAURO STRABELI (MARÇO 2012): "BÍBLIA perguntas que o povo faz Nova edição, revista e atualizada " - PERGUNTA e RESPOSTA NÚMERO 26:



        
São os mesmos, sem dúvida. Apenas o modo de formulá-los é diferente. Na Bíblia, os 10 mandamentos têm uma formulação; na catequese da Igreja, têm outra. Você pode observar isso nas duas colunas abaixo:




         Como se vê, há diferença entre Bíblia e catequese quanto ao 2° mandamento, como também há o desdobramento do 10° mandamento da Bíblia em dois mandamentos na catequese.
         Foi santo Agostinho quem fez catequeticamente essa divisão, dizendo que já no seu tempo não havia mais idolatria (= fazer e adorar imagens); suprimiu então no seu elenco catequético o 2° mandamento da Bíblia, incluindo-o no 1° mandamento e desdobrou o 10° mandamento da Bíblia. Essa divisão permanece ainda hoje na Igreja.
         Mas o sentido do 2° mandamento conforme a Bíblia não é
apenas o de proibir a fabricação de imagens ou a adoração delas, mas
é principalmente o de mostrar que é Deus quem se comunica com os
homens; é ele a Palavra e não os ídolos feitos pelo próprio homem. O sentido desse 2° mandamento é, pois, sublinhar a Palavra de Deus como veículo de comunicação do próprio Deus com o homem. A questão das imagens só tem sentido de ser discutida nessa ótica, isto é, quando elas se tornam empecilhos para a comunicação de Deus. Fora disso, a Bíblia não se importa com fabricáção de imagens, conforme se pode ver em tantos textos bíblicos[1].
É coisa absolutamente irrelevante, indiferente.
         Última observação: a Bíblia fala em guardar o sábado como o dia do Senhor; a Igreja manda observar o domingo. O importante é a observância do dia do Senhor. No Antigo Testamento o dia do Senhor era o sábado; no Novo, é o domingo. A ressurreição de Jesus, que aconteceu “no primeiro dia da semana” (= o domingo; cf Mt 28,1; Mc 16,1; Lc 24,1; J0 20,1), levou os discípulos de Jesus e a Igreja primitiva a mudarem o dia do sábado judaico pelo domingo, mesmo vivendo entre os judeus. O domingo é o dia da ressurreição, o dia pascal, dia da vida (At 20,7; lCor 16,2; Ap 1,10).
         A palavra “domingo” como designativo do dia do Senhor (ou em latim: “dies Domini”) foi usada na Igreja pela primeira vez por são Justino (Apol. 1 ,67).[2] Realmente, se o maior acontecimento da fé cristã, que foi a ressurreição de Jesus, deu-se no domingo, não tinha sentido celebrá-la, a Igreja, no sábado! Isso a Igreja apostólica percebeu e mudou, a Igreja primitiva continuou, e a tradição eclesial confirmou e mantém. Finalmente: nós estamos no Novo Testamento e não no Antigo. O Antigo foi figura, o Novo é a realidade; o Antigo anunciou Jesus, o Novo o mostra presente; o núcleo do Antigo Testamento é a Aliança, o núcleo do Novo é Jesus. E o ponto máximo da vida de Jesus foi a sua ressurreição. Daí o significado de sua celebração no domingo.


[1] Veja a pergunta n° 44.
[2] Cf. Diccionário de la Bíblia (Herder, Barcelona, 1963), verbete “Domingo”, col. 497.

Um comentário:

  1. Uma grande decepção ao ler este livro , já no início. Não sei se vou continuar , pois em nada edifica.Totalmente herético.

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